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O foco é o paciente - Segunda opinião

 

O que implica uma segunda opinião? 

Pedir uma segunda opinião implicará novos exames, testes, relatórios médicos, reavaliação das análises anteriores. Esta revisão será útil não só para reconfirmar o prognóstico, no caso de ter havido algum erro de avaliação, como também para ter a certeza da doença e do seu estado de avanço, para que o paciente e seus cuidadores ouçam, pelo menos duas (ou mais), perspectivas dos diversos procedimentos e tratamentos.

 

 

Quando procurar uma segunda opinião?

Esta procura tornar-se-á triplamente indispensável quando o profissional primeiramente consultado não é especialista na área; não tem/trabalha com uma equipa multidisciplinar; não tem uma comunicação clara, adequada e satisfatória para com o paciente/seus cuidadores; não tem conhecimento de tratamentos já conhecidos pelos pacientes ou seus acompanhantes; não tem experiência suficiente com doentes com este tipo de patologia, ou ainda, se o padrão médico diagnosticado não for muito comum ou de cariz complexo/delicado.

 

 

Não fica mal pedir uma segunda opinião? O que irão pensar? 

Há pessoas que ficam constrangidas em pedir uma segunda opinião ou porque não querem descredibilizar o médico ou por saberem, de facto, que este se ofenderá com tal conduta. Mas, tanto a mentalidade do paciente como o da comunidade médica, tem de se adaptar à realidade de que o paciente tem, de facto, o direito a uma segunda opinião, tanto para clarificar como rastrear algum erro que possa surgir – que qualquer profissional, de qualquer área, pode cometer, como Homem que é.

Note-se, em jeito de sugestão, que o médico deverá encarar estes possíveis erros como um caminho para a sua evolução e aperfeiçoamento no seu ofício.

 

 

A opinião de mais do que um médico especialista na área e também o acompanhamento de uma equipa multidisciplinar melhorará a qualidade do suporte dado ao paciente e aos seus cuidadores no decorrer da doença em que qualquer indivíduo se sente fragilizado e desorientado.

Lembre-se, mais importante que qualquer julgamento social, é a saúde.

 

 

 

É preciso abrir a porta para a hipótese de que um médico pode estar errado. Os profissionais também são humanos e, como tal, podem errar no diagnóstico.

 

A importância do diagnóstico precoce é evidente na maioria das doenças, no sentido de haver o acompanhamento adequado para cada paciente, o caso de doentes com demência não é excepção. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito maior impacto terá o tratamento.

Não menos relevante, é o pedido de uma segunda opinião de outro profissional especializado na área em questão.

How and why to Get a Second Opinion. Retirado de http://www.braintumor.org

 

Gelder, M., Mayou, R. & Geddes, J. (2002). Psiquiatria (2ª ed.). Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A.

 

 

 

O diagnóstico

O exame do estado mental inclui uma avaliação sistemática das funções cognitivas. Em casos de instalação súbita de um quadro de demência em indivíduos com menos de 75 anos são necessários o exame e investigação física completos sendo que após esta idade, geralmente, não são indicadas investigações especiais.
Para se determinar a causa de demência podem ser indicadas investigações bioquímicas ou outros exames físicos que podem incluir contagens de células sanguíneas, VDRL (teste sanguíneo da sífilis), avaliação da função tiroideia, ureia e eletrólitos, avaliação da função hepática, dosagem da vitamina B12, eletroencefalograma (EEG). Uma tomogafia computorizada (TAC) é indicada ao haver suspeita de lesão localizada. 

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