O termo demência deriva da palavra latina dementia (privação da mente).
Com o passar dos anos, o desgaste de uma vida torna-se visível seja a nível cognitivo, como a nível físico. A idade traz com ela certas e determinadas condições que farão o corpo e a mente perder algumas das suas capacidades habituais.
Correr, saltar, aprender e recordar podem ser actividades que já não possam ser realizadas com tanta clareza.
O envelhecimento é normal no cérebro.
Todo este desgaste pode desencadear uma série de doenças cujas consequências podem levar à perda de capacidades cognitivas - demências.
As demências podem ser consequências do, como já referido, envelhecimento natural do indíviduo, mas também podem ser desencadeadas por actos do nosso dia-a-dia, como vicíos, medicações, acidentes, etc.
Apesar de poder ser uma consequência da idade, é importante apagar a imagem de que demência é sinónimo de velhice.
A demência pode ser contraída em qualquer idade. No entanto, é consideravelmente mais frequente entre os 65-69 anos de idade, mas é a partir dos 85 anos que a sua predominância tem maior impacto.
O que se entende por demência?
O deterioramento cerebral característico da demência, afecta componentes essenciais no nosso dia-a-dia, tais como: a memória, a linguagem, a capacidade visual-espacial, a cognição, a audição e ainda pode acompanhar mutações radicais de humor, personalidade e comportamento.
Todas estas alterações poderão dificultar a tomada de decisão e execução de tarefas práticas que antes não representariam qualquer problema ao indivíduo afectado com a demência que, pode ver assim, a sua autonomia danificada.
American Psychiatric Association (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition DSM-V. Arlington VA. American Psychiatric Association
American Psychiatric Association (1994). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders: Diagnostic Criteria From DSM-IV. American Psychiatric Association.
Falé, R.M. (2005, Dezembro). Envelhecimento cerebral: 92 mil portugueses têm demência. Medicina & Saúde, nº98, p.28-29
Selecções do Reader’s digest (ed.) (1984). Enciclopédia médica ilustrada para a saúde da família (1ªed.), n.d.
Koger, S.M., Chapin, K. & Brotons, M. (1999). Is Music Therapy an Effective Intervention for Dementia? A Meta-Analytic Review of Literature. Journal of Music Therapy, XXXVI (1), pp. 2-15
Um indivíduo que sofra de algum tipo de demência pode, de facto, ver o seu funcionamento ocupacional ou social condicionado.
A incidência da demência está a subir rapidamente devido, pelo menos parcialmente, ao aumento da esperança média de vida ao longo dos séculos.